A JS/Ílhavo entende que o
modo como foi definida a Comissão Administrativa Provisória do Agrupamento de
Escolas de Ílhavo demonstra por parte da Direcção Regional de Educação do
Centro falta de transparência e atropelo às linhas orientadoras definidas para
a criação destas comissões.
Entendemos que seria
importante que a Escola-Sede do recém-criado agrupamento, a Escola Secundária
Dr. José Carlos Celestino Gomes, estivesse representada na CAP, tal como
indicado pelo Governo e prática usada em todo o país. Ao contrário, o que
aconteceu em Ílhavo resultou, contra tudo o que o decorrer do processo
indicaria, na exclusão da constituição da CAP de qualquer membro pertencente à
direcção da ESJCCG.
Felizmente, no Agrupamento
de Escolas da Gafanha da Nazaré, o processo decorreu com normalidade e conforme
as linhas orientadoras do Governo, sendo que a CAP do Agrupamento de Escolas da
Gafanha da Nazaré inclui, na sua composição, membros da Direcção da
Escola-Sede, a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré.
Tal não aconteceu em Ílhavo,
sem qualquer explicação por parte da DREC, o que no nosso entendimento é
deplorável, por não decorrer com a transparência a que uma instituição pública
está necessariamente obrigada.
Ademais, torna a decisão
ainda mais inexplicável o facto de a direcção da Escola Dr. João Carlos
Celestino Gomes gozar de reconhecimento e avaliação positiva no seio da
comunidade educativa, facto comprovante das boas condições dos membros desta
direcção para integrar a CAP e ao seu serviço desempenhar as tarefas
necessárias para o melhor ajuste possível à nova orgânica da gestão escolar em
São Salvador.
A JS/Ílhavo estranha este
resultado, contra as indicações do Conselho de Ministros, podendo concluir que
outras motivações, que não a melhor transição possível na gestão das escolas,
moveram a actuação da Direcção Regional de Educação do Centro.
A JS/Ílhavo entende que
seria lamentável para a comunidade educativa que este tipo de decisão seja
orientado em função da orientação partidária das pessoas em causa, repudiando
qualquer tipo de atitude que configure saneamento político, conforme tem vindo
a ser comentado publicamente.
A partidarização das
decisões das instituições públicas é prática que condenamos, ainda mais quando
está em causa a gestão da Escola Pública e o ambiente de ensino dos jovens
ilhavenses.
Assim sendo, querendo
acreditar que não foram essas as motivações, é óbvio que mesmo assim resulta
deste processo, no entendimento da JS/Ílhavo, um mau início do processo de
transição que pode perturbar o processo de transição que está a cargo das CAP.
A JS/Ílhavo deixa votos para
que este processo não afecte o processo de transição nem a legitimidade dos
membros escolhidos, desejando à Comissão Administrativa Provisória do
Agrupamento de Escolas de Ílhavo um bom trabalho ao serviço da comunidade
educativa, por uma Escola Pública em Ílhavo à altura das necessidades dos
jovens ilhavenses e dos anseios por um futuro melhor em Ílhavo.
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